terça-feira, 23 de novembro de 2010

APRESENTAÇÃO

PROTEÇÃO
Filme de Longa-metragem
Roteiro e Direção: Luiz Lago

Apoiado pela Lei 8685/93 (Lei do Audiovisual), Artigo 1º-A.

Como os patrocinadores aparecem na tela:

TELA 1
Selos Oficiais das Leis de Incentivo.

TELA 2 – Patrocinador(es) majoritário(s)
(Nome empresa)
Apresenta:

TELA 3 – Patrocinadores minoritários.
(Nome das empresas)
EMPRESA 1 EMPRESA 2 EMPRESA 3 EMPRESA 4 EMPRESA 5
EMPRESA 6 EMPRESA 7 EMPRESA 8 EMPRESA 9 EMPRESA10
EMPRESA11 EMPRESA12 EMPRESA13 EMPRESA14 EMPRESA15
EMPRESA16 EMPRESA17 EMPRESA18 EMPRESA19 EMPRESA20
EMPRESA21 EMPRESA22 EMPRESA23 EMPRESA24 EMPRESA25

TELA 4
FADE IN
- ABERTURA DO FILME -

ELENCO PRINCIPAL (INTENÇÃO)
Fernanda D’Umbra - Flávio Bauraqui
Antonio Pitanga - Chico Diaz
Antonio Pompeu - Laura Cardoso

Merchandising:
Há diversas cenas onde podemos estudar ações de merchandising, de forma que estejam inseridas no contexto e não provoquem ruídos na percepção do público.

“PROTEÇÃO”.
Filme de longa-metragem.
Roteiro e Direção: Luiz Lago

“Proteção” é um drama de suspense que deve resultar num filme de aproximadamente 110 minutos, previsto para ser rodado em digital de alta definição (HD) na cidade de São Paulo.
Pretendemos empregar atores experientes em teatro e cinema para os papéis principais e, ao mesmo tempo, trazer atores menos conhecidos, mas não menos talentosos para os papéis secundários, a fim de revelar novos nomes para o mercado cinematográfico.

O projeto está aprovado na Lei 8685/93, também chamada de Lei do Audiovisual, Art. 1º-A, que permite ao contribuinte deduzir do IR 100% do valor aplicado em projetos de cinema conforme descreve a Lei nos termos do Artigo abaixo:

Art. 1o-A. Até o ano-calendário de 2016, inclusive, os contribuintes poderão deduzir do imposto de renda devido as quantias referentes ao patrocínio à produção de obras cinematográficas brasileiras de produção independente, cujos projetos tenham sido previamente aprovados pela Ancine, do imposto de renda devido apurado:
I - 4% (quatro por cento) do imposto devido pelas pessoas jurídicas.

II - 6% (seis por cento) do imposto devido pelas pessoas físicas.

Outras vantagens para o patrocinador:
- Inserção do nome da empresa em todas as formas de divulgação do projeto: Folders, folhetos, posters, cartazes, banners, camisetas, brindes, etc.
- Divulgação na mídia dos nomes dos patrocinadores através de eventos de promoção.
- Divulgação das empresas em entrevistas a jornais e revistas, emissoras de rádio e televisão, jornais, redes sociais, blogs e sites de conteúdo na internet.
- Divulgação do nome dos patrocinadores nos créditos do filme.
- Valorização da marca.

O valor apurado, correspondente a 4% Pessoa Jurídica e 6% Pessoa Física, do IR a pagar, deverá ser depositado na conta bancária do projeto, que é aberta e monitorada pela Ancine. Após a confirmação do deposito, será fornecido um recibo em formulário próprio da Ancine.

Dados do projeto:
“Proteção”.
Registrado na Ancine sob nr. Salic 09-0313.
Processo: 01580.030964/2009-16
Proponente: Luiz Divino do Lago - EPP
Cidade/UF: São Paulo/SP
CNPJ: 08.187.695/0001-74
Valor total do orçamento aprovado: R$969.326,40
Valor aprovado no Art.1º-A da Lei 8685/93: R$920.860,08
Banco: 001 – Agência: 1817-1 – conta-corrente: 17.895/0

Aprovado para captação pelo Art.1º-A da Lei 8685/93, Lei do Audiovisual, através da deliberação nr. 187 de 19 de outubro de 2009.

Para verificar sua autenticidade:
Agencia Nacional do Cinema – ANCINE
Avenida Graça Aranha, 35 – Centro
20030-002 Rio de Janeiro - RJ
(21) 2240 1900
(21) 2240 1400
www.ancine.gov.br

Currículo do Diretor
Luiz Divino do Lago (Luiz Lago)
Rua Professora Heloisa Carneiro, 330 – Jd. Aeroporto
São Paulo – SP - CEP 04630-051
Telefone: 2925.9506 / 8184.3330
E-mail: luizlago@yahoo.com.br

Produtor Audiovisual Reg. Ancine 3131.

Trabalhos:
Como Diretor e Produtor:
Produziu e dirigiu o média-metragem “O Corpo-seco”, em 2002, em Minas Gerais, o qual foi exibido em 2003 na 16ª Mostra Audiovisual de São Paulo, no Centro Cultural Banco do Brasil, na 30ª Jornada Internacional de Cinema da Bahia, no 23º Festival do Cinema Latino-Americano de Trieste, Itália e em 2006 no projeto “Rumos” do Itaú Cultural. (http://www.dailymotion.com/relevance/search/corpo+seco)

Como Escritor, Dramaturgo e Roteirista:
“O Viajador”, romance - Publicado em 1997 pela Editora Litteris.
“Ratos de Névoa”, 2002 – Coletânea de contos.
“Norte toda vida”, romance - Publicado em 2010 pelo Clube de Autores.
“Betty”, 1999 - Teatro
“Ganância”, 2002 - Teatro
“Ruas erradas”, 2006 - Teatro
“De criminosos e patinhos de borracha”, 2006 - Teatro
“É a vida”, 2001 – Roteiro Curta-metragem.
“O Corpo-seco”, 2002 – Roteiro Média-metragem.
“Proteção”, 2003 – Roteiro Longa-metragem.
“Dois Homens”, 2005 – Roteiro Longa-metragem.
“Crimes e Filosofias”, 2006 – Roteiro Longa-metragem
“Ruas Erradas”, 2008 – Roteiro Longa-metragem

Como Ator:
No grupo T.E.I.A., de 1981 a 1985, nas peças “A Ópera do malandro”, “Um Grito parado no ar”, “Bodas de Sangue”, “Os Selvagens” e “A revolução dos beatos”.

Formação:
Cinema pela Funarte, São Paulo.
Tradutor e Intérprete pela Faculdade Ibero-Americana.

Sinopse
Olívia é uma mulher de aproximadamente 35 anos que procura recuperar sua estabilidade emocional, depois de ter sido acusada pelas mortes do filho e do marido. Sozinha, ela luta contra as imagens da memória que a assaltam a todo instante, num mundo que lhe parece inóspito e cruel.
Neste processo em que tenta achar um caminho de volta à normalidade, ela conhece Drummond, um pintor na casa dos 30 anos, solitário e silencioso, que aluga um quarto numa casa próxima e que também carrega os seus próprios pesadelos do passado. Por afinidade, eles desenvolvem uma grande amizade que deve evoluir para uma relação mais íntima. Enquanto isto, depois de uma fuga em massa de um presídio na zona norte, um dos fugitivos acaba entrincheirando-se na região onde vivem os dois personagens, conduzindo a trama para um desfecho de grande suspense. Para contrabalancear este clima, diversos outros personagens que moram na pensão entram com a sua cota de bom humor e poesia, acrescentando ao filme um contraponto de leveza e sensibilidade.

Do que trata o roteiro:
Nesta história de amor entre duas pessoas maduras, ambas buscando a reconciliação com a vida, o roteiro trata de aspectos recorrentes na alma humana como o medo e a solidão. Aborda ainda a maneira preconceituosa com que costumamos enxergar aquilo que não compreendemos. E também as relações não resolvidas entre pais e filhos e as culpas que cada um carrega por conta disto.
Mas trata também da solidariedade, da amizade, da capacidade de sobreviver nas condições mais adversas, das diversas formas de amar, da possibilidade de redenção.
Não é um filme fundamentado na violência, embora a tenha como pano de fundo por ser um elemento vivo na nossa realidade, e como fio condutor para o desfecho desejado.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

----   EM CAPTAÇÃO  ------

domingo, 27 de junho de 2010

EM DÚVIDA

Às vezes fico em dúvida se conseguirei mesmo realizar este filme em Campestre. As reações, as respostas têm sido bastante tímidas para o tamanho da empreitada. Sem contar que os bancos, aqueles que realmente têm o dinheiro e que poderiam demonstrar algum apreço pela cidade, sequer se dispuseram a avaliar o projeto. Sim, os grandes, vocês sabem: Itaú, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. E não me venham dizer que é porque a decisão cabe à central administrativa de cada um deles. Claro que cabe, mas tenho certeza de que se a gerência de qualquer um desses bancos tivesse um mínimo de boa vontade para com o desenvolvimento cultural do município, eles poderiam influenciar suas centrais administrativas no sentido de apoiar o projeto.
Eu continuo insistindo e espero que as pessoas acordem um pouco para o assunto. E com toda a honestidade, nem é apenas pelo meu projeto que falo, mas pelo futuro da cidade e pela sala de cinema abandonada, que a cada dia parece mais degradada. Fico pensando se os moradores de Campestre não se envergonham disto, se não percebem que uma sala de cinema abandonada é um símbolo vivo do atraso e do descaso que as autoridades e os donos daquela sala têm com a cultura e a educação.
Bem, eu não posso fazer mais do que estou fazendo. Cabe a cada um pensar o que realmente quer para a cidade. O curioso é que estive em Machado há um mês atrás e fiquei surpreso: lá tem uma sala de cinema muito bem construída e administrada, com filmes atuais e que, aparentemente, não fica devendo nada para as cidades maiores. Quando será que Campestre vai acordar?

terça-feira, 27 de abril de 2010

UM PONTO DE VISTA.

Fica muito mais fácil conduzir a vida quando se tem tudo no lugar. Casa, dinheiro, o suporte da família com recursos de sobra. Nestas condições não faltam amigos e tudo parece no seu lugar, um mundo confortável e aconchegante. Mas, e quando as coisas saem dos trilhos sem que você se dê conta de como aconteceu? E se tudo aconteceu sem que você pudesse intervir, controlar, corrigir, colocar de volta no lugar? E se depois te faltam os amigos, os familiares, e todos se voltam contra você porque tudo pareceu inquestionavelmente ser sua responsabilidade? Será que você conseguiria recomeçar do zero, "from scratch"?
Então, é a vida de pessoas nessa linha de risco que "Proteção" aborda, aquelas vidas quase invisíveis que vemos, mas não compreendemos. O roteiro não vitimiza ninguém, apenas acompanha o dia-a-dia, o processo de tentar reerguer-se, sem criar expectativas, sem apontar soluções ou a fórmula para a redenção. Seria algo como o ponto de vista do tempo, no qual tudo se ajeita ou se adapta ou se arrebenta. A vida no seu curso com seus acidentes, imprevistos e medos. O roteiro é quase isto, é isto, é bem isto.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Um bilhete de Drummond:

“Eu tenho andado por estradas de asfalto esburacado, sem acostamento. Por estradas de terra com valas de erosão pelas beiradas. Estradas escavadas em paredões que se fecham em cima. Outras rasgadas sobre abismos, estreitas, sem proteção. Elas se alternam e não parecem ter fim. Tão pouco tempo e tanto caminho andado. Retas, curvas, subidas e descidas, barrancos, pedras e tropeços, gente vindo e indo. Principalmente indo. Nas minhas lembranças, as pessoas estão sempre indo embora. Algumas viram a cabeça e acenam um adeus. Outras olham por sobre o ombro e sorriem. Outras viram as costas simplesmente e desaparecem. Eu me lembro do meu pai indo embora. É sempre assim que eu me lembro dele. Saindo. É como se fosse um homem que só soubesse ir embora. Batendo a porta ou deixando ela um pouco aberta, quando então eu podia ouvir os seus passos desaparecem aos poucos pela rua. Eu me lembro da primeira mulher que eu amei indo embora de um jeito diferente, trancando-se em si primeiro, para depois libertar-se de uma maneira única. Eu me lembro do meu pequeno filho indo embora antes dela, antes que eu pudesse abandona-lo primeiro, como é a regra da vida. Meu pai lia Carlos Drummond de Andrade. Um caminhoneiro que lia Drummond. Um único livro que ele trazia no porta-luvas do caminhão. Um livro ensebado, mas um livro de Drummond. E eu saí do seu caminho ou ele saiu do meu, isto não é importante. Saímos por nossas estradas, nossas malditas estradas de solidão.”.

sexta-feira, 5 de março de 2010

BELINDAURA

É a dona da pensão onde moram Drummond, Cidimar, Regis, Gunter, Ruivo e por onde já passaram vários outros personagens. No passado uma mulher rica e cheia de posses, Belindaura é uma mulher corajosa, de fibra, de pouca paciência, que fala muito além da conta, e que hoje sobrevive alugando os quartos de sua casa para particulares e/ou funcionários de empresas que vêm prestar serviços na região. Ali se misturam poetas, pintores, trabalhadores, e até mesmo um ladrão que visita regularmente o quarto dos outros. É através dele, aliás, que vamos descobrindo alguns segredos interessantes sobre os moradores da pensão.
Ela tem um filho, Marino, de aproximadamente 40 anos, um drogado inofensivo, que só aparece para buscar algum dinheiro e uma filha que mudou-se há muito para o exterior e nunca mais deu notícias.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

CAMPESTRE, MG

Passei uma semana em minha cidade natal, Campestre, no sul de Minas Gerais, peregrinando em busca de patrocínio para o meu filme "Proteção". Caso consiga levantar o orçamento por lá, vou adaptar o roteiro para produção na cidade. No geral, a recepção foi bastante positiva e me parece que será possível levantar os recursos por lá. Talvez tenha que expandir a área de atuação para as cidades vizinhas, mas de qualquer maneira será um grande prazer trabalhar na cidade em que nasci e de que gosto tanto.
Ninguém é obrigado a conhecer as leis de incentivo à cultura que existem no Brasil e é meu trabalho esclarecer as pessoas a respeito, se quero que elas me ajudem neste caminho. O importante é que todos saibam que os projetos inscritos nas leis de incentivo, no meu caso a Lei do Audiovisual, são acompanhados muito de perto pelo Ancine - Agência Nacional de Cinema. E isto por uma razão muito simples: o governo está abrindo mão de receber impostos para que o patrocinador apoie projetos culturais. E todos sabemos que governo nenhum gosta de perder impostos. É por esta razão que a Ancine monitora tudo para ter certeza de que os recursos são/serão mesmo aplicados no projeto aprovado.
O trabalho continua e o caminho será árduo. Mas ninguém nunca disse que seria fácil, né?

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

POR QUE?

Por que escrever? Por que filmar? Por que pintar? Por que encenar? Por que fotografar?
Talvez não haja uma única resposta. Talvez nem mesmo haja resposta alguma. Falando exclusivamente por mim, acho que é por uma necessidade urgente de dizer alguma coisa, de alguma maneira, por alguma razão, uma inquietude que às vezes chega a doer. Já estive perto muitas vezes de desistir de tudo, como estive agora há pouco, como estarei daqui a alguns dias, mas é uma sensação que logo passa. Quando você sabe que vale a pena continuar? Acho que não sei, acho que é quando leio as coisas que escrevo e gosto delas, acho que é quando olho pra trás e vejo que andei alguns passos em relação a um quase nada anterior. 
Por que toda esta conversa? Porque é tudo muito, muito difícil.
Eu me lembro de uma vez, num evento na Fuji, quando um especialista-estudioso-entendido-ditador-de-regras do cinema disse "se você não tem dinheiro então não pode fazer cinema." Ele foi pragmático, objetivo, na linha "assim é o mundo". Um cara desses pode matar um iniciante, mas não se esse iniciante for um sonhador profissional. E encardido, como se diz na minha terra, aquele cara que só se entrega quando ouvir o punhadinho de terra batendo na tampa do seu caixão. Então eu sigo, batendo de porta em porta, fazendo-me de cego aos sorrisos e frases de descrença "então você é cineasta", algo como "quem você pensa que é? Godard?" Todo pseudo-conhecedor de cinema gosta de citar Godard sem nunca ter visto nada dele.
Se eu sei escrever bons roteiros? Sei. Se eu sei como contar uma história? Sei. Se eu sei montar e desmontar uma câmera e falar de canais de áudio e técnicas de mixagem e bambambam-caixa-de-fósforo (obrigado, João Ubaldo Ribeiro)? Não. Mas eu sei onde pôr a câmera e o que fazer com ela. A câmera é uma caneta que filma. Acho que é isto.

domingo, 31 de janeiro de 2010

CIDIMAR

Cidimar tem cabelos brancos já surgindo nas beiradas do cabelo, um contraste com sua pele negra. Ele tem uma profissão sobre a qual não comenta, portanto é um segredo bem guardado. Seu parceiro de conversas mais costumeiro é Gunter e ocasionalmente Drummond. Cidimar é um poeta que escreve para si mesmo num caderno de capa vermelha, que gosta de beber e rir e tem uma vida misteriosa.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

DRUMMOND

Drummond é um pintor que expõe seus quadros em praça pública. Tem por volta de 30 anos e aluga um quarto na pensão de Dona Belindaura. É um tipo normalmente de poucas palavras, meio neurótico e muito observador. Tem um passado de histórias trágicas que só vamos descobrindo aos poucos. Em suas caminhadas, ele encontra Olívia com quem passa a ter encontros mais constantes. Drummond não é um homem de obviedades, de falar de si mesmo ou de ter opinião sobre tudo. E parece não se interessar muito pela vida dos outros. Ao contrário, é dentro de si que ele vive a maior parte do tempo. É o campo de batalhas onde vive o seu pior inimigo.

sábado, 23 de janeiro de 2010

DADOS DO PROJETO:

“Proteção”.
Registrado na Ancine sob nr. Salic 09-0313.
Processo: 01580.030964/2009-16
Proponente: Luiz Divino do Lago - EPP
Cidade/UF: São Paulo/SP
CNPJ: 08.187.695/0001-74
Valor total do orçamento aprovado: R$969.326,40
Valor aprovado no Art.1º-A da Lei 8685/93: R$920.860,08

Aprovado para captação pelo Art.1º-A da Lei 8685/93, Lei do Audiovisual, através da deliberação nr. 187 de 19 de outubro de 2009.

Para verificar sua autenticidade:

Agencia Nacional do Cinema – ANCINE
Avenida Graça Aranha, 35 – Centro
20030-002 Rio de Janeiro - RJ
(21) 2240 1900
(21) 2240 1400

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

OLÍVIA

Olivia tem traços belos, hoje ocultos por sofrimentos diversos e situações que não conseguimos imaginar apenas olhando quando ela passa. Ela normalmente se veste com vestidos largos, caídos nos ombros, e por isto mesmo eles são queimados de sol. Quando sai para as ruas, um exercício diário e sacrificante, ela percorre as mesmas vitrines e lugares, mas na verdade não parece ver ninguém. O que Olivia enxerga ninguém sabe, porque as pessoas que a conhecem por ali não se interessam. Elas conhecem apenas uma parte da história, aquela que esteve nos jornais, aquela que rotulou Olivia de monstro por longos meses. Na dúvida, os jornais silenciaram. Na dúvida, ficou o estrago causado. Ela agora tenta retomar sua vida, encaixar os fios soltos, recuperar a sanidade. Um modo silencioso e reservado de se encontrar, se for ainda possível.

O INÍCIO

Em 2003 eu comecei a escrever este roteiro. O último tratamento, se é que existe um último tratamento para roteiros, está datado de outubro de 2006.
Ele trata de uma história simples sobre pessoas comuns, como qualquer um de nós. O lance de escrever sobre essas vidas é descobrir o que não está demonstrado, porque você sabe que nada é o que aparenta ser.
Em 2006 eu consegui aprovar o projeto na Lei 8313/90, a chamada Lei Rouanet, como pessoa física. Em 2007, o projeto foi remanejado para a Lei do Audiovisual, no Artigo 1°A. Este artigo permite deduzir do Imposto de Renda a pagar 100% do valor investido no projeto. Qualquer contribuinte Pessoa Física pode utilizar até 6% e as Pessoas Jurídicas até 4% do IR a pagar para aplicar em projetos de audiovisual. Em 2009 eu tive que refazer o projeto para pessoa jurídica e submetê-lo a nova aprovação na mesma lei e artigo, o que acabou acontecendo em outubro do mesmo ano.
O fato de ter o projeto aprovado em qualquer lei de incentivo não é garantia de nada. O mercado tem maneiras diferentes de encarar o apoio a um projeto de audiovisual, então é preciso conhecer e adaptar-se às políticas de patrocínio de cada um. Por diversas razões, a maioria das pessoas tende a considerar a cultura um bem de terceira necessidade, desconsiderando a importância que ela tem em sua formação. Um filme pode não provocar grandes revoluções, mas pode nos levar a uma outra visão do mundo em vivemos.

Aos poucos vou colocando aqui trechos do roteiro e outros comentários sobre o projeto.