domingo, 27 de junho de 2010

EM DÚVIDA

Às vezes fico em dúvida se conseguirei mesmo realizar este filme em Campestre. As reações, as respostas têm sido bastante tímidas para o tamanho da empreitada. Sem contar que os bancos, aqueles que realmente têm o dinheiro e que poderiam demonstrar algum apreço pela cidade, sequer se dispuseram a avaliar o projeto. Sim, os grandes, vocês sabem: Itaú, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. E não me venham dizer que é porque a decisão cabe à central administrativa de cada um deles. Claro que cabe, mas tenho certeza de que se a gerência de qualquer um desses bancos tivesse um mínimo de boa vontade para com o desenvolvimento cultural do município, eles poderiam influenciar suas centrais administrativas no sentido de apoiar o projeto.
Eu continuo insistindo e espero que as pessoas acordem um pouco para o assunto. E com toda a honestidade, nem é apenas pelo meu projeto que falo, mas pelo futuro da cidade e pela sala de cinema abandonada, que a cada dia parece mais degradada. Fico pensando se os moradores de Campestre não se envergonham disto, se não percebem que uma sala de cinema abandonada é um símbolo vivo do atraso e do descaso que as autoridades e os donos daquela sala têm com a cultura e a educação.
Bem, eu não posso fazer mais do que estou fazendo. Cabe a cada um pensar o que realmente quer para a cidade. O curioso é que estive em Machado há um mês atrás e fiquei surpreso: lá tem uma sala de cinema muito bem construída e administrada, com filmes atuais e que, aparentemente, não fica devendo nada para as cidades maiores. Quando será que Campestre vai acordar?